terça-feira, 8 de setembro de 2009

AFC ILHÉUS - 27 anos de história

UM POUCO DA HISTÓRIA DA CRIAÇÃO AFC
Vamos tentar de modo resumido contar a história da Associação, mesmo porque não se trata de um trabalho de pesquisa sistemático, e sim de um apanhado visando dar seqüência ao nosso Informativo.
Entretanto, não havendo dúvida de quanto recheado é o histórico da AFC, para um trabalho mais elaborado mais adiante, estamos convocando democraticamente daqueles – especialmente dos que iniciaram a batalha de sua construção – que sabem (ou participaram) de algum fato e de alguma estória alusiva à entidade, a colaboração.

Ressaltamos que esses depoimentos deverão em conjunto compor o acervo do futuro Memorial da AFC em sua sede, o que significará uma cooperação de suma importância para a entidade.

Embora já não contasse com os recursos financeiros sob seu controle, o PROCACAU já dando claros indícios de fraqueza, e a projeção da desvalorização dos preços do cacau no mercado internacional como certa, parecendo premonitórios sinais de um futuro nada promissor, a Ceplac no limiar dos anos oitenta, até então, mantinha altaneiro os objetivos, pelo menos no modo aguerrido, no entusiasmo do funcionalismo, enfim o órgão, no agir de seu servidor que parecia não querer acreditar na realidade conjuntural vigente, ainda fazia bem refletir aquela famosa e eufórica afirmação do presidente Ernesto Geisel: “Feliz do Brasil se tivesse 20 ou 30 Ceplac(s)”.

De Itabuna há muito, com a criação do CNPC (depois CCPC) em imponente prédio, saiam as supostas decisões dos Cacauicultores, bem como, com a AFC - Associação dos Funcionários da Ceplac no Morro dos Canecos, as dos ceplaqueanos, sede esta que, comentava-se, tinha-se como uma das melhores da cidade em termos de infra-estrutura e equipamento.

Cacauicultores e servidores com interesses decididos nas entranhas itabunense, até mesmo o endereço do Centro de Pesquisa do Cacau com telefone e tudo mais, apesar de inquestionável território ilheense, como de domínios seu, nada censurável que tal situação, viesse a despertar um sentimento “barrista” no ilheense, no servidor ilheense. Foi assim que, nos fins dos anos setenta e inicio dos oitenta, um grupo liderado por João Lawinsky de Andrade, sentindo que as coisas eram endereçadas líquidas e certas para a vizinha Itabuna, como uma espécie de ciumeira ou concorrência sadia a favor da cidade Gabriela, iniciaram, fazendo o que lhe cabia, a reivindicar junto à Ceplac, uma entidade de lazer e representativa dos moradores ilheense tal qual também já existiam em Gandú, Eunápolis, Ipiaú, Brasília, Belém, Linhares, Ubaitaba. Estava começando a nascer a AFC - Associação dos Funcionários da Ceplac - ILHÉUS.

A Assembléia Geral de Fundação se dava então, em 19.03.1982 e, como já observado, objetivava realizar uma estrutura para lazer, tanto que inserido no Livro Ata, João Lawinsky de Andrade, tornando-se nesse dia seu primeiro presidente, ao conclamar o plenário à realização da futura sede, bem se referia a “Um ponto de encontro” dos ceplaqueanos na praia. “pois a cada dia que passamos estamos assistindo o distanciamento de todos os colegas”.

Representativa porquanto se tratava de uma associação de funcionários, todavia a idéia da AFC-Ilhéus – diferentemente da que se instalara em Itabuna em que já se iniciara os movimentos reivindicatórios do funcionalismo – se prendia mais ao lazer.

Ressalte-se que no ano de 1982 quando da realização da Assembléia Geral de Fundação, embora a Cota de Contribuição Cambial já houvesse sido incorporada sob os auspícios do ministro Delfim Neto ao Orçamento da União, a Ceplac ainda conseguia que a mais expressiva, a maior parte, esses recursos, se bem que não tão generosos como os de outrora, se canalizassem para a Região. E assim sendo, apesar dos pesares, o órgão conseguia ir mantendo o programa de assistência e integração social junto ao corpo funcional.

Foi assim que o grupo com a liderança e o esforço de João Lawinsky de Andrade e com o apoio do secretário geral José Haroldo consegue alocar com o Conselho Deliberativo no seu orçamento de 1983 – através do Ajuste/387, uma verba no valor de Cr$ 4.000.000,00 (Quatro milhões de cruzeiros). O que viria a ser o pontapé inicial no que concerne a recursos financeiros na construção da Associação em terras da aprazível cidade praiana ilheense.

À inverdade e injusta afirmação do então deputado federal Jorge Viana, de que a Ceplac estava comprando um “motel de alta rotatividade”, conforme seu telex ao Ministro da Agricultura, Amaury Stabile, o presidente da entidade João Lawinsky a princípio ponderou. Depois como a seguir o velho ditado de “quem não deve não teme”, botou o bloco na rua e, contando com o esforço dos demais fundadores, adquiria em 07/12/1984 no quilometro 0 da rodovia Ilhéus/Olivença uma área de 3.900m2. Estava brotando a sede de praia da recém-formada Associação.

Mas ao mesmo tempo, para uma satisfação à sociedade ilheense e à própria instituição Ceplac, o retorno ao deputado na forma de uma carta-resposta não tardou, fazendo-o publicar sob Nº 3622, em 02/07/1983, no jornal “Tribuna do Cacau.


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